A Arte que é a Tourada



Soube hoje da notícia do forcado que ficou paraplégico depois de ter sido colhido pelo touro, na corrida de touros no Campo Pequeno. Sou altamente contra touradas, e vejo esta notícia como mais uma prova de como esta "festa" não tem ponta por onde se pegue. É altamente contraditório vivermos num país de 1º mundo, em pleno século 21, e de existir espectáculos que massacrem animais por belo prazer. Olho para os cavaleiros como a coisa mais nojenta e medonha que existe há face da terra (olho para eles da mesma maneira que os xenófobos olham para os paneleiros, ou qualquer coisa parecida), mas os forcados, apesar de também serem uns nojentos por ainda alimentarem e contribuirem para este tipo de espectáculos, entram para a arena a nu, de cara para o touro, e para isso é preciso testículos. Por assim ser, será que foi bem feita? Eu não acho, nem de perto, um touro não tem que morrer na arena, tal e qual como ninguém tem que sair de lá paraplégico, mas só espero que os restantes colegas do amigo Nuno de Carvalho pensem duas vezes em tudo. E quando digo tudo, é mesmo em tudo. E o próprio Nuno também deveria de pensar um bocadinho. O que é que preferia neste momento? De ter ficado paraplégico como ficou ou de ser massacrado durante umas horinhas e depois ir directinho para o matador? É que a brincar a brincar, ele alimentou isso desde, pelos vistos, 2005. Não me digam que a lei do retorno existe mesmo!

Não sou católico, mas rezo para que um dia algum maluco faça justiça na própria arena, no mesmo sítio onde sangue taurino é derramado. E em directo, no canal que apoia isto tudo, a RTP. Tenho a certeza absoluta que só assim as mentes mais fechadas poderão ser abertas, tenho a certeza que só assim alguma mente fechada poderá meter um touro, um cavalo, um rato, um cão e um humano em pé de igualdade, no mesmo saco.

Para o bem da humanidade, esta merda tem que acabar.

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