Desiludiu-me. Não muito, ao ponto da palavra ser a principal referência deste post, mas desiludiu-me. Costumo gostar bastante dos filmes da Julie Delpy, e secalhar por isso mesmo tenha sonhado demais e criado demasiadas expectativas. Ela esteve dois anos parada, enquanto actriz e realizadora, e ressaquei durante esse tempo todo. A verdade é que este filme esteve em fase de pós-edição desde o início da pausa dela, ou seja, eu estava há anos com uma curiosidade danada para ver este filme. Mais do que gostar, costumo me indentificar com os filmes dela, e com este não me identifiquei. Já tinha mais ou menos a noção do que é que o filme retratava, mas pensava que fosse ainda mais comédia racional e menos parvo, o que também não é mau. A sujidade e a pouca vergonha dos diálogos entre as personagens é talvez o que mais destaco. Estaria a mentir se não dissesse que não tem partes engraçadas (quase tudo devido aos diálogos sujos que referi), porque tem, mas pouco passa disso. É um bom filme. É colorido, é fiel à época, e a aproximação que o elenco conseguiu dar às personagens é espantoso. Houve partes que me fizeram lembrar o Manoel de Oliveira.
Mas Julie, esperava mais de ti.
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